Nessa
quarta-feira (25), a Polícia Civil do Maranhão já havia prendido os outros dois
suspeitos de envolvimento no crime, entre eles a mulher da vítima, acusada de
ser a mandante da execução.
Na manhã
desta quinta-feira (26), foi preso o terceiro suspeito de ter participado da
morte de Charles Cutrim de Sousa, que foi morto a tiros na porta da própria
casa na cidade de Paço do Lumiar, na Região Metropolitana de São Luís, em março
de 2020. O suspeito foi preso na cidade de Sarandi, no estado do Paraná, e ele
é apontado como o responsável por executar a vítima.
Nessa
quarta-feira (25), a Polícia Civil do Maranhão já havia prendido os outros dois
suspeitos de envolvimento no crime. Eles foram detidos nos bairros Pirapora e
Vila Luizão, em São Luís. Uma das pessoas presas foi a mulher da vítima,
acusada de ser a mandante da execução.
Charles
Cutrim de Sousa foi morto no início da manhã do dia 27 de março de 2020,
alvejado com disparos de arma de fogo na porta de sua casa no Residencial
Renascer, região do Maiobão, quando se preparava para ir trabalhar.
A princípio,
a polícia trabalhava com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), mas
no decorrer das investigações encontrou vestígios que apontaram a morte como
crime por encomenda.
Após ser
presa, a mulher da vítima confessou que decidiu mandar matar o companheiro
porque ele não aceitava o fim do relacionamento e costumava ameaçá-la de morte,
caso se separassem.
“A viúva da
vítima acabou contratando dois indivíduos para que executassem seu marido que,
segundo ela, a agredia, a ameaçava de morte, não aceitava o fim do
relacionamento. E ela nos confessou, na manhã de ontem, que por causa dessas
constantes ameaças e agressões ela resolveu contratar uma pessoa para executar
o seu companheiro, o que foi feito na manhã do dia 27 de março do ano passado”,
disse o delegado Clarismar de Oliveira, da Superintendência de Homicídios e
Proteção à Pessoa (SHPP), responsável pelas investigações.
Ainda de acordo
com o delegado, a motivação do crime segue sendo investigada. O que a polícia
já conseguiu esclarecer é que a mulher foi a mandante do crime e pagou dois
irmãos para praticá-lo.
“Quanto a
motivação a gente está tentando esclarecer se essa versão de que essa vítima
agredia ela ou não é verdadeiras. Mas, certamente, isso não muda o fato de que
ela contratou pessoas para matar o seu próprio companheiro. E não vai mudar nem
a tipificação nem a forma do crime e muito menos o mandado de prisão. A motivação
nesse caso é só pra gente tentar entender, e os familiares entenderem o porquê
do Charles ter sido morto. Mas para a tipificação não vai haver mudança
nenhuma”, explicou o delegado.
Charles
Cutrim era empregado em uma grande empresa em São Luís e, além do patrimônio
pessoal, possuía seguro de vida.
Pagamento
parcelado
Segundo as
investigações, ficou comprovado que a companheira da vítima contratou dois
homens para que executassem Charles Cutrim, mediante pagamento da quantia de
cerca de R$ 15 mil. Sendo que a mulher teria que dar R$ 1.500 como “entrada” e
o restante do valor seria dividido em 19 parcelas de R$ 700, pagas via depósito
bancário.
“Segundo ela
nos relatou, ela adiantou um valor em espécie para um dos executores e dividiu
o restante em parcelas mensais, que inclusive ela afirmou que estava pagando
até o mês de agosto deste ano. Parcelas mensais no valor de R$ 700, totalizando
cerca de R$ 15 mil. Ela disse que efetuava a transferência. É claro que a gente
está correndo atrás de confirmar a veracidade dessas informações”, afirmou o
delegado Clarismar de Oliveira.
O suspeito
preso na quarta-feira negou o crime, mas a polícia afirma que tem provas
suficientes que comprovam a participação dos presos no crime.
Ainda de
acordo com as investigações, a mulher teve contato efetivo com os irmão na
semana do crime e depois da execução da vítima, o contato ficou esporádico.
A Polícia
Civil do Maranhão acredita ter elucidado o crime e agora trabalha para
finalizar o inquérito policial.Fonte. g1.globo.com/ma