Segundo o
MP-MA, os servidores são suspeitos de integrarem uma organização criminosa, que
estaria atuando no âmbito da Sinfra e da Superintendência de Limpeza Pública
Urbana de Imperatriz, com o objetivo de desviar verbas públicas do erário
municipal.
Na manhã
desta quinta-feira (17), um servidor público, vinculado a Superintendência de
Limpeza Pública Urbana do município de Imperatriz, a segunda maior cidade do
Maranhão, foi preso preventivamente suspeito de cometer os crimes de
organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidades documentais e fraudes
licitatórias associado com outros servidores da Secretaria de Infraestrutura e
Serviços Públicos (Sinfra) e de outros órgãos públicos do município de
Imperatriz.
O servidor foi preso durante a Operação Impacto, realizada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas (GAECO) do Ministério Público do Maranhão (MP-MA) e pela Polícia Civil do Estado. Durante a operação, foram cumpridos diversos mandados de busca e apreensão na cidade de Imperatriz e, também, nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e São Miguel (TO).
A operação
contou com o apoio operacional do GAECO – RJ e do Ministério Público do Estado
do Tocantins (MP-TO).
Além da
prisão do servidor, foi determinado o afastamento temporário de quatro
servidores públicos investigados. Entre eles estão o secretário e subsecretário
da Sinfra de Imperatriz, o superintendente de Limpeza Pública Urbana e um
fiscal do contrato, que foram afastados por tempo indeterminado dos cargos
públicos.
Investigação
Segundo o
MP-MA, as investigações tiveram início após representação formulada pela 1º
Promotoria de Justiça Especializada na defesa do Patrimônio Público de
Imperatriz, a qual identificou indícios de uma possível organização criminosa,
que estaria atuando no âmbito da Sinfra e da Superintendência de Limpeza
Pública Urbana de Imperatriz, com o objetivo de desviar verbas públicas do
erário municipal. O esquema criminoso estaria sendo feito por agentes públicos
e por particulares, dividida em núcleos administrativo e empresarial.
As investigações identificaram indícios de que o grupo criminoso atuou para direcionar, em favor de uma empresa, a Concorrência Pública 003/2017-SINFRA (processo licitatório 22.01.027/2017-SINFRA), destinado a contratação de firma especializada em limpeza pública urbana pelo prazo de doze meses.
O processo efetivamente resultou na contratação, em maio de 2018, da empresa investigada, pelo valor de R$ 25.968.018,96. O valor foi elevado ao total de R$ 58.183.579,48, depois de dois aditivos que estenderam o contrato até março de 2021.
Além da prisão preventiva do servidor em Imperatriz e do afastamento temporário de quatro servidores públicos investigados, durante a operação foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, em endereços vinculados aos investigados, nas cidades de Imperatriz, Rio de Janeiro (RJ) e São Miguel (TO), assim como na sede da empresa e em algumas secretarias municipais de Imperatriz, com o objetivo de coletar provas das ações criminosas.
A decisão judicial, deferida pela 1ª Vara Criminal de Organização Criminosa da Comarca de São Luís, além das medidas cautelares pessoais e probatórias e do afastamento dos investigados, determinou, ainda a indisponibilidade e bloqueio de bens de valores correspondentes ao ganho econômico supostamente conseguido pelos agentes, calculado em R$ 10 milhões. Este valor foi o confirmado pericialmente, até o momento, resultado de superfaturamento nos pagamentos realizados.
O que diz o
prefeito de Imperatriz
Por meio da
assessoria de comunicação, o prefeito de Imperatriz, Assis Ramos, informou que
a Polícia Civil está cumprindo mandados de busca e apreensão na casa de
servidores do município e que ele aguarda a conclusão da operação policial para
poder ser pronunciar. Mas, o prefeito declarou que tem uma gestão transparente.
"Deixo bem claro que minha gestão sempre se manteve transparente colaborando com todo e qualquer questionamento dos órgãos de fiscalização, sendo que se alguém tiver errado, vai responder administrativamente e criminalmente e nunca terá meu apoio", afirmou Assis Ramos.
Fonte. g1.globo.com/ma


Nenhum comentário:
Postar um comentário