Após ser
eleita pela revista Time como umas das 100 pessoas mais influentes do mundo, a
ativista maranhense Sônia Guajajara concedeu entrevista ao g1 Maranhão e falou
sobre esse reconhecimento.
Perguntada
sobre a valorização do reconhecimento dado pela revista Time, Sônia afirma que
se sente feliz em nome da comunidade que ela representa, assim como a causa que
ela defende.
"Uma valorização bem significativa para nossa luta dos povos indígenas e isso é resultado das várias ações coletivas que vínhamos organizando ao longo dos anos em defesa dos nossos direitos, dos territórios e resistência. Me sinto muito feliz, não pelo mérito, mas por ser porta voz dessa coletividade", disse Sônia.
A ativista
também comentou o atual cenário brasileiro na luta pelos direitos dos povos
indígenas e a preservação do meio ambiente.
Para Sônia,
a humanidade está vivendo um momento especial, quando parte da população enfim
começa a entender a importância dos povos indígenas para o planeta. Ela
finaliza descrevendo o que acredita ser o legado de seu trabalho.
"Aumentaram
muito o número de pessoas que tem buscado saber mais sobre os povos indígenas,
a importância das demarcações de terras e como isso está relacionado às suas
vidas. O ataque os povos indígenas é um ataque a toda a humanidade e à vida. A
conscientização e sensibilização e o respeito com os povos indígenas tem sido
nosso maior legado. Precisamos de governos e pessoas no poder com concorrência
com nossa causa e diversidade que ainda são marginalizadas", conta a
ativista.
História de
ativismo e superação
Sônia é atual coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil pela Amazônia (Apib). O texto da revista Time, assinado por Guilherme Boulos, destaca que ela "desafiou as estatísticas e conseguiu se formar em uma universidade", sendo filha de analfabetos e tendo que sair de casa aos dez anos de idade para trabalhar.
Fonte. g1.globo.com/ma
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