Corpo de
José Humberto de Sousa Costa foi sepultado na manhã deste sábado (5). A
Comissão dos Direitos Humanos da OAB acompanha o caso.
Um detento,
identificado como José Humberto de Sousa Costa, foi encontrado morto dentro da
uma das celas da Unidade Prisional do bairro Itamar Guará, em Imperatriz,
município a 630 km de São Luís. O corpo dele foi sepultado na manhã deste
sábado (5).
O interno
cumpria pena desde 2018 na Penitenciária Regional de Imperatriz, onde, segundo
uma carta escrita por ele e enviada à sua advogada, foi agredido durante uma
briga entre facções rivais no fim do mês de julho.
Em razão disso, José Humberto pediu para que o mudassem de cela, mas ele acabou sendo transferido para a Unidade Prisional do bairro Itamar Guará, onde foi encontrado morto.
“Ele foi
para um local de banho de sol onde iria ter uma missa. Nesse lugar ficaram os
internos de facções rivais e teve uma ‘mini rebelião’. Só que não chegou a ser
uma rebelião porque os agentes penitenciários logo os separaram e ele pedia,
nesse mesmo dia que estive com ele, para que fosse transferido de cela, e não
de unidade prisional. O diretor do presídio me passou que na semana seguinte ele
iria ser transferido. Então ele relata na carta que houve essa situação de
possível agressão dentro da unidade prisional. Isso aconteceu antes do
falecimento dele”, disse a advogada de José Humberto, Luana Camila.
A Polícia
Civil abriu uma investigação para apurar o que teria acontecido com o detento
dentro da cela. O delegado de homicídios informou que a principal suspeita é de
overdose, mas aguarda um laudo que deve apontar a causa da morte. A Comissão
dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também acompanha o
caso.
“Nós estamos aguardando os posicionamentos finais, aquilo que será documentado para oficiarmos os órgãos competentes e fazermos o devido enfrentamento”, disse o presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB.
A Secretaria
de Estado de Administração Penitenciária informou à TV Mirante que a equipe de
enfermagem do presídio prestou toda assistência ao interno quando ele foi
encontrado desacordado e que também está prestando assistência à família dele.
No entanto, o órgão não comentou sobre possíveis agressões ou maus-tratos
ocorridos na unidade prisional.

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