Natural de
João Lisboa (MA), Wanderson Cavalcante morava em Odesa uma das cidades
bombardeadas por tropas da Rússia. Ao g1, a esposa do jogador conta que o
maranhense conseguiu fugir outros dois brasileiros que estavam no país
ucraniano.
Há três
dias, o mundo têm voltado todas suas atenções para a Guerra na Ucrânia, que é o
maior ataque de um pais contra o outro desde a Segunda Guerra Mundial. Há mais
de 10 mil quilômetros de distância, a esposa do jogador de futebol Wanderson
Cavalcante, conhecido como 'Wanderson Maranhão', conta que viveu momentos de
apreensão durante a fuga do marido do país em meio ao bombardeio.
O marido,
que atua como meia no time ucraniano Chronomorts Odesa, iniciou sua fuga do
país na madrugada deste sábado (26) (Horário local da Ucrânia) e chegou à
Chisnau, capital da Moldávia, país que faz fronteira com a Ucrânia, ainda neste
sábado, (Horário local da Ucrânia). O Brasil tem uma diferença de cinco horas
em relação ao país ucraniano.
Natural de João Lisboa, cidade localizada a 650 km de São Luís, Wanderson Cavalcante, de 27 anos, morava há uma semana em Odesa. O local é uma das cidades que foi bombardeada por tropas da Rússia.
Ao g1 MA,
Beatriz Torres conta que Wanderson chegou à ir para um hotel em Odessa, na
noite de 23 de fevereiro, após uma queda de energia geral na cidade. Horas após
o contato entre o casal, o país ucraniano foi invadido pelas tropas russas.
"Na madrugada eu acordei, peguei meu celular e vi uma mensagem de uma das minhas amigas russas de que o país havia sido invadido. Liguei para o Wanderson e ele me confirmou. É um desespero que a gente não consegue explicar, por mais que a gente tente, a gente não vai conseguir. É muita angústia, medo, apreensão. É horrível", disse.
Resgate de
outros brasileiros
Beatriz
Torres explicou que após o início da guerra, Wanderson Cavalcante chegou a
entrar em contato com outros dois brasileiros que estavam em cidades próximas,
para iniciar o plano de fuga do país. Com apoio do time onde joga, o maranhense
conseguiu comprar uma passagem de trem e fugir para a fronteira da Ucrânia com
a Moldávia.
"Ele entrou em contato com outros dois brasileiros, que estavam em outras cidades, esperou por eles em Odessa para que eles pudessem fugir juntos para a fronteira da Moldávia", conta.
Segundo
Beatriz, Wanderson Cavalcante e os outros dois brasileiros enfrentaram muitas
dificuldades no caminho para conseguir sair do Ucrânia, devido a grande quantidade
de pessoas que tenta fugir do país em meio ao bombardeio. Ela diz que não há
expectativa de quando o jogador possa voltar para o Brasil.
"Não
temos expectativa de quando ele vai voltar. O clube pediu que ele esperasse, de
dois a três dias na Moldávia, para ver como vai ficar a situação contratual. A
nossa preocupação é menor, porque ele está com segurança, porque o sufoco é que
ele estava no meio daquela loucura", disse.
O casal está
junto há 10 anos e tem duas filhas. Beatriz Torres está com a família em João
Lisboa, no interior do estado, e pretendia visitar o marido no meio do ano,
durante as férias escolares. "A gente estava tudo organizado, se
programando para ir com ele, mas aí aconteceu isso", conta.
Fonte. g1.globo.com/ma
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